Agora somos 172 Membros do Luz Azul na PMERJ
Agradeço a todos que se inscreveram, até agora, no Grupo Luz Azul na PMERJ!
Precisamos ampliar os nosso horizontes!
Converse com os colegas de turma e de unidade!
Vamos aumentar esse número e chegar aos 300 até o dia 21/11/2010!
Esse movimento vem crescendo graças ao entendimento que tivemos após a derrota nas urnas em 2010.
Não elegemos ninguém e vamos reclamar mais 4 anos!
Agora é a hora perfeita da sensibilização em torno de um ideal.
Um Vereador em cada município do Estado do Rio de Janeiro, em 2012, vinculado e comprometido com o Grupo Luz Azul na PMERJ.
Em 2014 teremos um Deputado Federal e um Deputado Estadual do Grupo Luz Azul na PMERJ.
Acredite pois é possível!
Toda classe unida e organizada elege representante.
A classe desunida e desorganizada é dominada pela anterior.
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Ser ou não ser político
"O analfabeto político é tão burro
que se orgulha e estufa o peito
dizendo que odeia política.
Não sabe o imbecil
que da sua ignorância política
nascem a prostituta, o menor abandonado,
o assaltante e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista, pilantra, corrupto
e lacaio das empresas nacionais e multinacionais".
Bertolt Brecht - poeta e dramaturgo alemão.
Colaboração: 1º Sgt. BM Valdelei Duarte
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Venha fazer parte do nosso Grupo Luz Azul na PMERJ!!!
O Luz Azul tem por objetivo reunir e unir Policiais Militares e Bombeiros Militares compromissados com as Instituições.
Nós estamos preocupados com as Instituições (PMERJ e CBMERJ) e pretendemos agregar esforços no sentido de fortalecer as duas Corporações nos campos: Educacional, Social e Jurídico. Precisamos da adesão de todos (ativos e inativos). Para fazer parte do nosso grupo é muito simples, envie um e-mail contendo NOME COMPLETO, GRADUAÇÃO, RG, OPM, TELEFONE DE CONTATO.
Diga no e-mail: "EU QUERO SER MEMBRO DO GRUPO LUZ AZUL NA PMERJ".
Você receberá um e-mail de confirmação.
Estamos elaborando o Regimento Interno e o Estatuto do Grupo Luz Azul na PMERJ.
Aguardamos a sua adesão.
O grande objetivo do Grupo Luz Azul na PMERJ é político.
Pretendemos escolher e indicar os candidatos a Deputado Federal e Estadual em 2014, bem como os candidatos a Vereador (PMs e BMs em todos os municípios do Estado do Rio de Janeiro) em 2012, todos PMs e BMs.
A sua participação será no engajamento, na escolha e no apoio aos candidatos que representarão a PMERJ e o CBMERJ nas eleições de 2012 e 2014.
Estamos elaborando o Regimento Interno e o Estatuto que serão apresentados em breve pela nossa equipe jurídica.
Estamos ultimando esforços no sentido de criar uma ONG visando os Projetos Sociais, Educacionais e Políticos, todos voltados para a PMERJ e o CBMERJ.
Seja bem-vindo ao nosso grupo!
Grupo Luz Azul na PMERJ
Estamos tentando sensibilizar as tropas (PMERJ e CBMERJ) no sentido de criar um grupo forte para lutar "politicamente falando" pelas nossas Corporações.
Nós temos 04 anos para reunir 5.000 PMs e 5.000 BMs compromissados com o Grupo Luz Azul na PMERJ.
Nós sabemos que não teremos todo o efetivo ao nosso lado, até porque sabemos e temos consciência dos interesses pessoais de cada PM e BM, do descrédito político que hoje reina no país e do desinteresse político-institucional de grande parte do efetivo das duas Corporações.
Entretanto, se sensibilizarmos 5.000 (PMs/BMs) X 10 votos (na família) = 50.000 votos (em cada Corporação).
Nós conseguiremos eleger os nossos Deputados Estaduais (PM e BM) e quem sabe até os nossos Deputados Federais.
Precisamos tentar e apostar que dará certo!
Não podemos continuar só na reclamação e na crítica.
Temos que passar da discussão à ação.
Precisamos da sua fidelidade e apoio!
Inicialmente, para 2012, lançaremos um candidato PM ou BM por município. Serão 92 candidatos PMs e BMs em todo Estado, vinculados, compromissados e apoiados pelo Grupo e pelos sites cfap.k6 e cfappmerj.
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Grupo Luz Azul na PMERJ
Você pode ajudar muito aí na sua região.
Converse com os PMs e BMs de seu relacionamento.
Fale da importância desse trabalho para 2012.
Precisamos colocar Vereadores em todos os municípios do Estado.
Logo, os quatro cantos do Estado do Rio de Janeiro estão em nossos planos.
Qual será a estratégia a ser utilizada?
O PM e o BM são formadores de opinião e todos sabem disso.
E é sobre essa vertente que devemos trabalhar.
Muito embora alguns colegas não honrem a farda que vestem e as suas tradições, mas nós ainda temos uma boa credibilidade.
O que faremos?
Temos que convencer os colegas que a política é a única saída que temos para a resolução dos nossos problemas.
Mostre-lhes os vídeos enviados, diga-lhes que temos que chegar no Legislativo para pressionar o Executivo a aprovar os projetos de lei que nos beneficiarão.
O que é o projeto em si?
Trata-se de reunirmos PMs e BMs compromissados com o Grupo Luz Azul, o maior número possível, de todas as regiões do Estado e de todas as unidades da PM ou BM.
Escolheremos um PM ou BM, ficha limpa, de credibilidade inatacável, com boa expressão em sua unidade e na região onde reside. Daremos preferência àqueles que já desenvolvam um trabalho social em sua comunidade e/ou junto à tropa PM ou BM. O perfil desse pré-candidato deve ser bem próximo ao líder comunitário que conhecemos no mundo civil. Aquele que fala pelo grupo e que assume responsabilidades na resolução de problemas.
A partir do momento que tivermos uma pessoa com este perfil partiremos para a fase da contaminação e sensibilização dos demais colegas de unidade, mostrando a importância da luta pela eleição do PM ou BM daquela região; bem como nas comunidades da região.
Após a eleição deste PM ou BM ligado e seguidor do Luz Azul, começará o trabalho da escolha daquele que nos representará na ALERJ e na Câmara Federal.
O trabalho é árduo, possui prazo de validade de 04 anos e pretende dar frutos a médio e longo prazo.
Preciso da ajuda de todos, pois sozinho não conseguirei, mas juntos e irmanados em torno dessa ideologia poderemos vencer.
Abraços!
Major Helio
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Ilustres Amigos e Colaboradores do Projeto: Renascer, Servir e Proteger
Vimos por meio desse e-mail convidá-los para os festejos de nosso 1º ano de existência.
Desde já contamos com a sua ilustre presença e solicitamos confirmação de recebimento.
Dia: 22/11/2010
Horário: 10:00 horas
Local: PROERD
Aziza Ramalho Costa - Ten Cel
Diretora da DAS
EQUIPE DA DIRETORIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
DAS – Rua Francisco Eugênio nº 228, São Cristóvão – RJ
Tel: 2334-1900 (fax) / 2334-1894 e 2334-1895 (Diretora)
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DIRETORIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
BAZAR DAS/2010
A DAS está organizando o BAZAR DAS/2010 e conta com a participação de todos o Policiais Militares, na sua própria pessoa ou/e de seus respectivos cônjuges ou mesmo de seus familiares; interessados em colaborar com a DAS no sentido de arrecadar e enviar a esta Diretoria; utensílios, roupas, calçados, brinquedos, mobiliários, enfim, objetos que venham ser aproveitados e vendidos no BAZAR.
A coleta dessas doações será no período de 16 a 26 de novembro, visto que o referido evento acontecerá em dezembro de 2010.
Lembramos que a verba arrecadada será empregada em benefícios aos Policiais Militares e dependentes necessitados atendidos pela DAS.
AZIZA DA CUNHA RAMALHO DA COSTA
TEN CEL PM – DIRETORA
DIRETORIA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL
DAS – Rua Francisco Eugênio nº 228, São Cristóvão – RJ
Tel: 2334-1900 (fax) / 2334-1894 e 2334-1895 (Diretora)
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Bol da PM nº. 199 - 09 Nov 2010 - Fl. 18 (IMPORTANTE)
CONVOCAÇÃO PARA REUNIÃO DE COMISSÃO DE PARES – DETERMINAÇÃO - PUBLICAÇÃO
O Comandante-Geral determina que sejam apresentados os representantes de cada OPM, conforme discriminado abaixo, nos respectivos dias, no Auditório do Quartel-General.
Dia 29 de Novembro de 2010 (segunda-feira), às 14:00 horas.
- 01 Cabo; e,
- 01 Soldado.
Dia 30 de Novembro de 2010 (terça-feira), às 14:00 horas.
- 01 Subten/Sgt com Curso; e,
- 01 Subten/Sgt com Tempo de Serviço.
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A Cesta de Natal vai ser substituída por “vale compras”
Este ano a PMERJ vai inovar na distribuição das cestas de Natal. Serão entregues cartões magnéticos no valor de R$100,00. Esses cartões poderão ser utilizados em mais de mil estabelecimentos comerciais credenciados em todo o Estado. Já nas primeiras semanas de dezembro os cartões serão distribuídos às Unidades da Corporação, para que sejam repassados aos seus efetivos.
Essa moderna iniciativa visa proporcionar maior comodidade e liberdade de escolha dos produtos de sua ceia de Natal. Outras informações, em breve, no Boletim e no Site da PMERJ.
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E-mail recebido:
Olá Major Helio,
Boa noite! Antes de mais nada peço que mantenha meu nome no anonimato, pois os motivos o senhor bem sabe. Sou um dos policiais do interior lotado na UPP do Salgueiro não sei nem por onde começar, mas desde já peço desculpas, pois sei que o senhor tão pouco seu site são um muro de lamentações. Pois bem além de nossa difícil condição de deslocamento até o trabalho cada dia fica mais difícil e desmotivador há alguns dias nosso saudoso comandante mandou fazer uma previsão de férias para todos e em sua escala de férias tem policiais que só vão gozar suas tão merecidas férias em dezembro de 2011, ou seja, terão duas férias vencidas, todos nos do CFSD/08 temos nossas férias vencidas em setembro. Fico me perguntando como pode um profissional dar seu melhor se tudo conspira contra ele, isso sem falar nas condições de trabalho sem água potável, sem um banheiro descente aqui o que vem primeiro é o sem... Eu e alguns colegas que viemos do 5°BPM ainda temos o RioCard que só da pra seis serviços que por sinal são treze por mês nos serviços restantes somos obrigados a ficar mendigando carona nas empresas de ônibus. A se senhor visse a cara de felicidade de alguns motoristas e atendentes das empresas quando nos dizem que não tem vaga pra podermos ir de graça. Dos males esses ainda são os menores o pior é que até hoje não recebemos a "grande" gratificação de R$500,00 e nem a etapa de desarancho. Mas apesar de tudo vou continuar lutando pelos meus ideais, pois o que sempre quis era estar onde estou como disse um poeta de nossa musica brasileira "Podem até maltratar meu coração mais meu espírito ninguém vai conseguir quebrar..." E fica aqui o convite pro senhor visitar a UPP do Salgueiro.
"Juntos somos fortes" e parabéns pelo site se não fosse pelo senhor as informações sobre nossa corporação não chegariam nunca a nós.
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Resposta ao e-mail:
Eu prometo que o seu nome e nem a sua UPP serão revelados.
Contudo o seu texto precisa ser espalhado pelos quatro cantos da PM.
O meu e-mail é lido por 10.000 pessoas, ou seja, 1/3 da PM toma conhecimento dos bastidores da Corporação através do meu e-mail.
A UPP não é, e, nem será a maravilha da década. A mídia propaga algo muito distante da realidade e nós que vivemos e respiramos Polícia Militar sabemos.
Entretanto, não dá para competir com a mídia. O que é escrito, falado ou mostrado permanece na retina e no cérebro das pessoas e nada mudará esse panorama.
É muito marketing e dinheiro forte atrás disso tudo!
Eu tive a oportunidade de conhecer todas as UPPs, inclusive a sua.
Estive na inauguração da sua e quem mais vibrava eram os moradores do prédio vizinho. Um deles declarou: “agora posso dormir de janela aberta, bala perdida nunca mais, meu imóvel voltou a valorizar”. Ele estava feliz, o PM em forma, no sol, estava triste e pensativo: “sou do interior, não tenho RioCard, meu salário é baixo, não tenho arma e nem CRAF, só tenho uma farda, a que está no corpo, não recebi a gratificação dos R$ 500,00 e nem sei se vou receber, não recebi o desarranchamento e nem sei se vou receber, não sei quando a PM cumprirá o Edital e me retornará para o meu município de origem, não recebi os atrasados de recruta...”
Assisti a realidade triste de cada uma das UPPs. Cada uma com os seus problemas característicos, porém todas em um só azimute, “sem solução imediata”. Apenas perspectivas, sem soluções aparentes. Quatro anos assistindo esse monstro crescer. Remete-me aos anos em que existia outro monstro chamado “GETAM” que felizmente foi extinto. Era formado por um efetivo enorme, sem área de atuação e o pior de tudo - “acéfalo”.
Em geral todas sofrem com a falta de infraestrutura.
Instala-se um container e fala-se que futuramente será erguido um prédio, como eu ouvi as palavras do Secretário de Segurança na inauguração da UPP Turano.
Eu estava lá! Eu ouvi!
Nas UPPs os problemas são inúmeros e a cada dia tendem a se agravar.
O motivo é simples, “o monstro” está crescendo.
Ter um efetivo pequeno, em uma área restrita e com pequenos problemas, é possível se contornar e até se fazer um bom trabalho.
Só que hoje as UPPs possuem um efetivo superior a 2.000 homens, ou seja, quase 10 vezes o efetivo pronto do 4º BPM.
A tendência disso é agravamento. A PM cria uma UPP, sem as mínimas condições de operacionalização e promete a edificação. Ela não vem. Sem ela, não se tem um alojamento para trocar de roupa ou descansar, uma reserva de material bélico, um banheiro decente, um local para refeições, água potável e até mesmo um local para receber as pessoas que necessitam de apoio e/ou informação.
As promessas são sempre as mesmas e os problemas nunca são resolvidos.
Então fica no ar a pergunta: Podemos parar de criar UPPs e distribuir o efetivo nos batalhões para serem empregados no POG? A resposta no momento é não. As promessas políticas de campanha falam por si só. Não há como parar o crescimento desse “monstro”.
O Decreto nº. 41.653, de 22 de janeiro de 2009 - dispõe sobre a concessão de gratificação aos policiais lotados nas unidades de polícia pacificadora – (UPP) não é cumprido em função do crescimento do “monstro”. Não há previsão de verba orçamentária para cobrir a gratificação, o desarranchamento e o RioCard.
Por falar em RioCard, é mais um descalabro o que a PM faz. Veja bem o texto abaixo:
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988, ART. 5º, CAPUT (PRINCÍPIO DA ISONOMIA), PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE. ART. 3º, inciso IV. ART. 7º, inciso XXX. ART. 37 CAPUT (PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE E EFICIÊNCIA). LEI 279/79, ART. 20, § ÚNICO, ITEM III (TRANSPORTE). BOL PM Nº. 174 - 15 OUT 2008 – FL. 45 (NORMATIZAÇÃO DO PROGRAMA RIOCARD), FINALIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO.
Nada disso é respeitado! É um absurdo!
Bem, então voltando no tempo, me reporto aos meses de campanha em que eu dizia o seguinte: “SE O POLICIAL MILITAR VOTAR MAL E ERRAR NAS SUAS ESCOLHAS, PASSARÁ MAIS 04 (QUATRO) ANOS RECLAMANDO DA VIDA”.
Infelizmente eu acertei!
Agora vamos nos unir, estruturar uma estratégia política e eleger o nosso representante na ALERJ em 2014.
Abraços!
Major Helio
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E-mail recebido:
CONFIRMAÇÃO DE DIVISA PARA CB JÁ NÃO HÁ QUASE DOIS ANOS, POR FAVOR INTERCEDA POR NÓS!!!!!
Senhor Major Helio, assim como muitos não puderam ter confirmado sua divisa dos anos anteriores até a quase dois anos atrás por questão de extrema necessidade, pelo fato de não poder abrir mão de seus recursos para complementar o nosso vergonhoso salário até então, não que quiséssemos, mas que na realidade não pudemos abrir mão, por motivo de força maior como o fato de possuirmos uma renda somada ao nosso baixíssimo salário, como praticamente 94,5% de nossos policiais possuem, quem nos amparariam financeiramente, se nós confirmássemos essas divisas anteriores, para podermos pagar nossas contas para não cairmos na inadimplência e nos braços da escravidão dos bancos, como há até hoje, muitos são escravos dos empréstimos consignados, que é o resultado do efeito colateral de uma péssima e depressiva política salarial que envolve a vida financeira e até psicológica do praça ao oficial. Será que a opção que tínhamos, é ver as coisas de frente, olhando de lado, isto é, abrir confirmação de divisa, significa dar adeus a tudo, a responsabilidade com as dívidas a pagar?
Senhor Major Helio, te imploramos em nome dos que deixaram de serem 3°sargentos por causa de quase há dois anos não haver confirmação de divisa para cabo, por favor, interceda por nós!
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E-mail recebido do Ten Cel RR Helio Vitor Ramos da Rosa
17/11/2010 - 20:11 horas
Vaccarezza: greve de policiais exige cuidados especiais
Líder do governo observa que policiais são 'servidores armados' e comenta a possibilidade de ser realizada uma greve devido à não votação da proposta que define um piso salarial da categoria.
Vaccarezza: piso salarial de policiais deve ser discutido com governadores eleitos.
O líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse nesta quarta-feira que a greve é um direito legítimo dos trabalhadores, mas, no caso de policiais, exige cuidados por tratar-se "de servidores armados".
O comentário foi em resposta ao alerta feito hoje pelos líderes partidários, que, em reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, chamaram a atenção para a possibilidade de policiais e bombeiros fazerem uma greve geral, no início do governo de Dilma Rousseff, caso as PECs 300/08 e 446/09 não sejam aprovadas.
As PECs estabelecem piso salarial nacional para policiais e bombeiros militares. Na opinião de Vaccarezza, o assunto deve ser discutido entre os governadores e a presidente eleita, no ano que vem, uma vez que são os estados que arcarão com o aumento das despesas.
Busca de alternativas
Participante da reunião com o presidente Lula, o deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP) confirmou a ameaça de greve e disse ser necessário encontrar uma alternativa para votar a PEC ainda este ano. "Não pode aumentar o salário mínimo, não pode aumentar o salário da polícia, mas os deputados querem ganhar igual juízes", provocou.
Segundo o líder do governo, cálculos do Ministério do Planejamento mostram que, se o salário de todos os policiais e bombeiros militares fosse equiparado ao pago em Sergipe - de R$ 3,2 mil, "o rombo seria de mais de R$ 40 bilhões".
No áudio da reunião com o presidente Lula, divulgado para a imprensa, alguns deputados pedem a aprovação do projeto que legaliza os bingos (PL 1986/03) e destinação dos recursos arrecadados com essa atividade para a saúde. Segundo Vaccarezza, caso haja acordo entre os líderes partidários, é possível votar o texto ainda neste ano.
Reportagem - Maria Neves e Carol Siqueira
Edição - Newton Araújo
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Vanderson Bernardes <vbs171@gmail.com>
Confira o que a cúpula do governo disse no Conselho Político
Em reunião do conselho político do governo no Palácio do Planalto, realizada na tarde de hoje (17), os líderes da base apresentaram as principais reivindicações do Congresso para serem votadas até o final do ano.
A conversa pôde ser registrada em razão de o áudio do encontro ter vazado por cerca de 50 minutos.
Na pauta da cúpula do governo: salário mínimo, pré-sal, reajuste do Judiciário, PEC 300 (que estabelece o piso salarial dos policiais e bombeiros), greve nacional da polícia, regulamentação dos Bingos.
O encontro foi comandado pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Até a descoberta do vazamento do áudio, nem o presidente Lula, nem Dilma estavam presentes.
Confira os principais trechos da gravação da reunião da cúpula do governo.
Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo
A nossa preocupação é discutir muito criteriosamente e tanto quanto possível não aprovar projeto que impliquem aumento de gastos.
Tem umas coisas colocadas lá [na pauta do Congresso Nacional] como reajustes salariais. Acho que isso tudo a rigor deve ficar para ano que vem. Seria muito mais razoável.
Tem umas coisas como a PEC 300 que tem uma movimentação grande dos policiais e que tem simpatia na Casa.
Fizemos hoje um novo levantamento com o ministério da Justiça. Se fosse [aprovada] a redação original da PEC, significaria 43 bilhões e meio de impacto orçamentário por ano.
Mas como a idéia é fazer uma repartição onde a União pagaria um pedaço e os estados outra, com certeza os estados ficariam com uma conta na ordem de R$25 milhões por ano.
Acho que estamos jogando o problema para frente... Sei que é sempre desagradável colocar essas cosias aqui, mas o Padilha colocou a bola aqui e eu como bom beque dei um bico para o lado do Paulinho [líder do PDT e presidente da Força]...
Acho que nós precisamos ter um carinho muito grande porque do contrário vamos gerar não só para a presidente que vai tomar posse, mas todos os governadores que não têm condições de arcar com isso.
Paulo Bernardo em outro momento respondendo ao deputado Walter Pinheiro (PT-BA) sobre o reajuste do Judiciário
Nós colocamos uma previsão de aumento de 5%. Agora se o Congresso mudar, isso vai ter que adaptar no Orçamento.
É uma previsão de aumento de 5% no teto deles que vai haver uma repercussão em toda a magistratura. É isso, não temos uma negociação feita.
O projeto do Judiciário [encaminhado ao Congresso e que prevê reajuste médio de 56% para cem mil funcionários] tem um impacto de 7 bilhões.
Nós levantamos uma série de dúvidas porque tem um número grande de servidores no Judiciário que ganha acima do teto do ministro.
Então como vai dar reajuste se o cara ganha mais que o teto?
Líder do governo no Congresso, Ideli Salvatti (PT-SC)
Gostaria de pedir um esforço muito grande de todos os líderes, que é a questão da aprovação das contas do governo.
Nós temos uma conta da época do Fernando Henrique pendente e todas as contas do primeiro e segundo mandato do presidente Lula pendentes.
Contas que já estão na pauta do Senado e da Câmara e que tem pendência na CMO [Comissão Mista de Orçamento]...
A aprovação definitiva tem que passar nas duas Casas.
Líder do governo no Senado, Romero Juca (PMDB-RR)
Tenho um assunto que está aberto sobre o pré-sal que é a definição do novo modelo de royalties. Sou relator dessa matéria. É importante dizer que precisamos construir um modelo novo de proposta de royalties e vamos que ter informalmente ou via Câmara.
Padilha gostaria até que na hora que tivesse isso pronto trouxesse para o conselho político porque como já veio da Câmara nós vamos ter que mexer no Senado e voltar para Câmara.
Na verdade é a forma que temos de ajustar o texto para que a Câmara tenha a sua opinião e conseguimos fechar um texto que faça justiça com o Rio de Janeiro e Espírito Santos. Mas dê condições que todos os estados possam receber royalties.
Líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP)
Nós estamos tendo um cuidado grande na Câmara diante das expectativas para o segundo semestre do ano que vem, no inicio do novo governo.
Com a situação internacional não muito clara devido o problema do câmbio, da disputa do EUA com a China, tem uma preocupação na Câmara para que não seja aprovado nenhum proposta que implique aumentar significativamente os gastos para ano que vem e crie dificuldades para o governo da Dilma.
A PEC 300 é um exemplo. O ideal seria a presidente Dilma e os governadores eleitos dialogarem para ver como resolve o problema da PEC 300 e não aprová-la de saída.
Relator do Orçamento de 2011, senador Gim Argello (PTB-DF)
Tem margem para aumentar um pouquinho o salário mínimo? Tem margem para aumentar um pouquinho! Agora, é o correto? Porque se aumentar para R$ 560, R$ 570 no repique do ano que vem vai bater perto de R$ 700. É o certo isso? Acho que é.
Sou PTB sou defensor do salário mínimo, mas o problema todo é que tem várias prefeituras que não dão conta de pagar. E tem o problema principal que é da Previdência.
Essa equação quem tem que sentar e resolver é o ministro da Previdência e ele me pediu para ficar nos R$ 540.
Deputado Paulinho da Força (PDT-SP)
Gostaria de dizer que o Vaccarezza tem feito esse papel muito bem de dizer para esquecer da PEC 300. Mas é o seguinte ... a polícia de São Paulo ganha R$ 1400 e mais um ticket de refeição de R$ 4, que não dá para comprar uma coxinha e um guaraná.
Então nós precisamos encontrar uma solução para a PEC 300. Não é simplesmente enrolar o pessoal.
Eles estão organizando uma paralisação logo no início do governo Dilma, nacional, ou seja, não é pequena... precisamos encontrar uma solução...
Fizemos uma sugestão ao Vaccarezza que tem um projeto na Câmara antigo que é a questão dos bingos. O governo fala tanto em dinheiro.
Os bingos dão R$ 7bilhões de imposto por ano para o governo. Tem todo sistema de controle para isso. A gente vê uma resistência por parte do governo em aprovar o bingo, é uma fonte de recurso que poderia ter ai.
Líder do PR na Câmara, Sandro Mabel (GO)
Acho que nós precisamos ter dinheiro de investimento também. Eu particularmente toda vez que aumentar o salário mínimo sou beneficiado. Apesar de pagar um pouco a mais, o pessoal come mais biscoito. Então é bom.
Sempre sou a favor de subir o salário mínimo. Mas o salário mínimo tem que ter sempre uma dosagem porque se não vamos tirando a capacidade de poupança, vamos criando mais economia e não vamos ter infraestrutura para que esse pessoal que é cada vez mais exigente.
Sobre a PEC 300, não tinha noção do impacto. R$ 43 bilhões! É um impacto muito grande quase inadmissível, uma CPMF cheinha...
Acho que podemos dar um presente para a saúde com essa questão do bingo. Nós podemos pegar essa receita colocá-la inteirinha destinada à saúde.
Já dávamos uma acertada na Saúde, são R$ 7 bilhões, sem carga tributária extra, porque essa história de você aumentar a carga tributária está cada vez mais complicada.
FONTE: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/11/17/confira-que-cupula-do-governo-disse-no-conselho-politico-341541.asp
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Vanderson Bernardes <vbs171@gmail.com>
16/11/2010 - 18h12
Deputados priorizam MPs e deixam PEC 300 de fora
Renata Camargo
O governo pretende priorizar nesta semana a votação de três medidas provisórias que trancam a pauta e de uma proposta de emenda à Constituição que prorroga o Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (PEC 507/10). De acordo com o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), não há acordo para votar propostas mais polêmicas como a PEC 300, que institui o piso salarial dos policiais e bombeiros, e o novo Código Florestal.
A primeira medida provisória a ser apreciada será a MP 495/10, que deve ser votada ainda hoje (16). Entre outras coisas, a medida altera a Lei de Licitações (8.666/93), para priorizar bens e serviços produzidos no Brasil. Ela também modifica a Lei de Inovação (10.973/10) e a Lei das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes – 8.958/94), para criar critérios de apoio a projetos de ensino, pesquisa e extensão.
Segundo o líder do governo, nesta semana, devem ser votadas também as MPs 496 – que trata de empréstimos a municípios destinados à realização de obras para a Copa do Mundo 2014 e os Jogos Olímpicos 2016 – e a 497, que institui medidas relativas a isenções e benefícios fiscais, regras alfandegárias e outros temas. Além das medidas, também deve ser votada a PEC que prorroga por tempo indeterminado o fundo de combate à pobreza.
O líder do governo, no entanto, conseguiu a inversão de pauta. Neste momento, o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), lê o relatório pedindo a aprovação da MP 497. A expectativa é que os parlamentares consigam votar a medida ainda na sessão desta terça-feira. As outras matérias ficariam para amanhã, em sessões ordinária e extraordinária.
Polêmicas
Ficou de fora da pauta de votações do plenário, sem acordo de líderes, a votação do segundo turno da PEC que institui o piso salarial dos policiais militares e bombeiros. A respeito dessa matéria, o líder do governo sinalizou que, antes de retomar a apreciação da matéria na Câmara, será preciso uma rodada de discussões com os governadores.
“Queremos envolver os governadores, porque essas PECs, na redação atual, vão ter impacto grande para os estados. São Paulo paga de R$ 1,5 mil a R$ 1,8 mil para os soldados. Já Sergipe paga R$ 3 mil. Se prevalecer o valor de Sergipe como piso, a elevação dos salários de São Paulo para este patamar vai causar um impacto muito forte”, justificou Vaccarezza.
Outra matéria polêmica que não entrará na pauta nos próximos dias é o projeto que cria o novo Código Florestal. A proposta não tem acordo para ser votada, mas na reunião de líderes nesta tarde, apenas os partidos PT, PV e Psol se posicionaram contrário à votação da nova norma ambiental. Os demais líderes sinalizaram no sentido de buscar um consenso para votar a matéria ainda neste ano.
“Não tem espaço para votar essa matéria. A pauta está congestionada pelas medidas provisórias, e não há acordo. O próximo líder do PT, Fernando Ferro, se posicionou contrário à votação, pois não tem unanimidade. Não vamos votar esse projeto a toque de caixa, como querem os ruralistas”, afirmou líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP).
A falta de acordo para votar a proposta irritou parlamentares da bancada ruralista, que defendem os interesses da agricultura e da pecuária no Congresso. Os deputados da bancada querem que a base aliada do governo – que é maioria no Congresso – cumpra um acordo firmado em julho, de apreciar essa matéria após as eleições de outubro. Governistas têm sinalizado, no entanto, que a votação só será priorizada se houver acordo de líderes.
FONTE: http://congressoemfoco.uol.com.br/noticia.asp?cod_canal=1&cod_publicacao=35263
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Valdelei Duarte <leiduarte_gv@hotmail.com>
A qualquer momento o Presidente Lula vai apontar o 11º Ministro do STF que irá desempatar as apelações dos políticos Ficha Suja. A pressão dos partidos é grande, vamos lembrá-lo se ficar ao lado da sociedade apontando um Ministro Ficha Limpa! Envie a sua mensagem agora:
Temos pela frente o que poderá ser a última batalha da Ficha Limpa! Mais de 175.000 pessoas agiram assinando a petição e telefonando para o Supremo Tribunal Federal pedindo para eles declararem a constitucionalidade da Ficha Limpa, mas a votação teve um empate dramático de 5 a 5.
Agora, a decisão final está nas mãos do Presidente Lula que irá apontar o 11º Ministro do STF que irá desempatar a votação. Se o novo Ministro não for um forte aliado anti corrupção, há um enorme risco da Ficha Limpa ser bloqueada, abrindo caminho para os políticos corruptos recém-eleitos, como Jader Barbalho e Paulo Maluf, assumirem seus cargos.
Nós não podemos deixar isto acontecer – vamos enviar mensagens urgentes para o Presidente Lula pedindo para ele respeitar a vontade de milhões de brasileiros que apoiaram a Ficha Limpa, apontando um Ministro para o STF que tenha integridade e um recorde forte contra a corrupção. Participe agora e depois encaminhe esta mensagem para todos:
http://www.avaaz.org/po/ministro_ficha_limpa/?vl
Com o fim das eleições, o Presidente Lula poderá apontar o 11º Ministro do STF a qualquer momento, sem aviso prévio, consulta ou transparência com o povo brasileiro. E quando ele escolher, não há mais volta.
Políticos “ficha suja” eleitos mês passado e interesses partidários poderosos estão fazendo de tudo para pressionar o Lula a apontar um Ministro que vote contra a constitucionalidade da lei. Se isto acontecer, Paulo Maluf e Jader Barbalho – que já teve o apelo negado – e outros candidatos corruptos poderão assumir seus cargos, dando uma pancada séria nas nossas esperanças de um futuro sem corrupção para o Brasil a partir de agora.
Mais uma vez depende de nós garantir que os nossos governantes fiquem do lado do povo e não de indivíduos e elites corruptas. Vamos inundar o Presidente Lula com milhares de mensagens pedindo para ele fazer a escolha certa, apontando um 11º ministro que seja fortemente contra a corrupção. Envie uma mensagem agora!
http://www.avaaz.org/po/ministro_ficha_limpa/?vl
Juntos nós vencemos a maior batalha que foi aprovar a Ficha Limpa no Congresso, mas ainda não acabou, até que cada político corrupto seja barrado por um Supremo Tribunal Federal justo e ético. Este é mais um importante passo para livrar o nosso país da corrupção e um exemplo inspirador do que podemos fazer quando nos unimos.
Com esperança,
Luis, Graziela, Ricken, Alice, Maria Paz, Iain, Pascal e toda a equipe Avaaz
Lula tratará de caças e ministro do STF após volta de Dilma:
http://oglobo.globo.com/pais/mat/2010/11/03/lula-tratara-de-cacas-ministro-do-stf-apos-volta-de-dilma-922936127.asp
Dilma vai ser ouvida na indicação de ministro do STF, diz Lula:
http://noticias.terra.com.br/eleicoes/2010/noticias/0,,OI4770570-EI15315,00-Dilma+vai+ser+ouvida+na+indicacao+de+ministro+do+STF+diz+Lula.html
Impasse sobre Ficha Limpa leva eleição para o '3º turno':
http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,impasse-sobre-ficha-limpa-leva-eleicao-para-o-3-turno,633193,0.htm
14 processos sobre Ficha Limpa na fila do STF:
http://www.rondonoticias.com.br/?noticia,87548,14-processos-sobre-ficha-limpa-na-fila-do-stf
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SOBREVIVENTE NA PMERJ <sobreviventenapmerj@yahoo.com.br>
NOTA DA PMERJ SOBRE O FATO OCORRIDO COM OS POLICIAIS
A Assessoria de Imprensa da Polícia Militar informa que nove policiais do 22º BPM (Maré) foram presos administrativamente por 72 horas, por ordem do Coronel Marcus Jardim, chefe do 1º Comando de Policiamento da Capital. Entre estes, o oficial de dia daquele plantão, a guarda e a sala de operações, além do policial que foi preso por seus colegas de farda do 17º BPM (Ilha do Governador). Por volta das 1h30 da madrugada desta quinta feira, 18/11, policiais militares do 17º BPM que passavam pela Rua Sena com Avenida dos Magistérios, na Ilha, se depararam com um Fox Prata suspeito. Ao tentarem abordar o veículo, foram agredidos por disparos de arma de fogo. Houve confronto. Na ação, foi ferido o agressor: o Cabo Fábio Rodrigues Gonçalves do 22º BPM, que estava fardado e fora de seu local de serviço, dirigindo um veículo roubado na terça-feira, naquela região. Socorrido, Fábio foi levado ao Hospital da Polícia Militar, mas não resistiu aos ferimentos. No local do confronto foi preso outro policial do 22º BPM que também estava fardado, em seu automóvel particular. Ele foi levado para a 1ª DPJM na manhã desta quinta-feira. Depois de ouvido, ele será encaminhado a Unidade Prisional da Corporação. Uma averiguação sumária foi aberta para apurar a conduta dos policiais envolvidos. Ela irá subsidiar o Inquérito Policial Militar (IPM) que será instaurado na sequência.
Um PM morreu e outro foi preso na madrugada desta quinta-feira (18), após confronto com colegas no bairro Moneró, na Ilha do Governador. Segundo a polícia, os dois policiais do 22º BPM (Maré) teriam sido flagrados por colegas do 17º BPM (Ilha do Governador) em dois carros, sendo um deles roubado. Houve perseguição e, na troca de tiros, o policial que estava ao volante do carro roubado foi morto. Ao se aproximar do veículo, os policiais do 17º BPM viram que tinham matado um colega, que estava fardado.
"Os dois policias (do 22º BPM) estavam errados. Eles abandonaram o posto de serviço. O que morreu estava fardado dentro de um carro que já constava no sistema como fruto de roubo ou furto, um veículo irregular", afirmou o coronel Lima Castro, em entrevista à Radio CBN.
Nove PMs estão presos administrativamente
O outro policial do 22º BPM, preso, foi levado para a 1ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), no Méier, na Zona Norte do Rio, onde presta depoimento sobre o caso. Nove policiais que estavam de plantão no batalhão foram presos administrativamente.
De acordo com a Polícia Militar, os dois cabos do 22º BPM estavam em patrulhamento na rua, voltaram para o batalhão na Maré, onde deixaram o veículo da polícia, e seguiram no carro particular de um deles para a Ilha do Governador. Ainda segundo a polícia, chegando ao Moneró, eles pegaram o carro roubado e retornavam ao 22º BPM, quando o veículo roubado foi identificado pela patrulha do 17º BPM.
Em nota oficial, a PM informou que os policiais que estavam de plantão no 22º BPM nesta madrugada estão presos administrativamente. Confira a íntegra da nota:
"Nove policiais do 22º BPM (Maré) foram presos administrativamente por 72 horas, por ordem do coronel Marcus Jardim, chefe do 1º Comando de Policiamento da Capital.
Entre estes, o oficial de dia daquele plantão, a guarda e a sala de operações, além do policial que foi preso por seus colegas de farda do 17º BPM (Ilha do Governador).
O caso teria ocorrido por volta de 1h30 desta quinta-feira (18),policiais militares do 17º BPM que passavam pela Rua Sena com Avenida dos Magistérios, na Ilha, se depararam com um Fox Prata suspeito. Ao tentarem abordar o veículo, foram agredidos por disparos de arma de fogo. Houve confronto. Na ação, foi ferido o agressor: um policial do 22º BPM que estava fardado e fora de seu local de serviço, dirigindo um veículo roubado na terça-feira, naquela região. Socorrido, foi levado ao Hospital da Polícia Militar, mas não resistiu aos ferimentos.
No local do confronto foi preso outro policial do 22º BPM que também estava fardado, em seu automóvel particular. Ele foi levado para a 1ª DPJM na manhã desta quinta-feira. Depois de ouvido, ele será encaminhado a Unidade Prisional da Corporação. Uma averiguação sumária foi aberta para apurar a conduta dos policiais envolvidos. Ela irá subsidiar o Inquérito Policial Militar (IPM) que será instaurado na sequência".
Já foram identificados os policiais que estavam em um Focus roubado, no Moneró, na Ilha do Governador, interceptado por PMs do 17º BPM (Ilha do Governador), na madrugada desta quinta-feira. O policial morto durante a troca de tiros é Fábio Rodrigues Gonçalves, e o cabo preso, Fábio Andrade da Silva, que prestou depoimento na 1º Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM), no Méier.
Por determinação da Polícia Militar, nove militares, entre eles o oficial de dia e os policiais que estavam de plantão na noite desta quarta-feira, no 22º BPM (Maré), onde os dois suspeitos estavam lotados, ficarão presos na unidade por 72 horas.
VÍDEO: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2010/11/pm-em-carro-roubado-morre-em-confronto-com-colegas-na-ilha.html
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SOBREVIVENTE NA PMERJ <sobreviventenapmerj@yahoo.com.br>
PM MORTO É SEPULTADO NO DIA DE SEU ANIVERSÁRIO
O Policial Militar Bruno Castro Ferreira, morto na tarde de ontem após prender um assaltante no Centro da Cidade, foi sepultado no fim da manhã desta quinta-feira, data em que completaria 30 anos. Durante o enterro, centenas de PMs e paraquedistas militares, além da família e de amigos, prestaram a última homenagem ao soldado.
Segundo a família, Bruno era uma pessoa muito calma e dócil. Ele deixou uma esposa e dois filhos - um menino de seis anos e uma menina de dois.
- Ele era um garoto de ouro, muito família e muito querido. A família está arrasada, ele completaria 30 anos hoje, agora acabou tudo - finalizou a prima Nara Miranda.
Os pais e a viúva de Bruno estavam muito emocionados. A Polícia Militar fez um corredor e uma salva de tiros em homenagem ao soldado. A banda tocou a marcha fúnebre durante o sepultamento. A mãe de Bruno pediu ajuda para o Estado.
- Espero que o Estado dê tudo o que é de direito para a esposa dele cuidar dos filhos. Essas pessoas estão aqui porque sabem da dignidade, do carinho com que cuidei dele - disse.
Bruno está na PM há quatro anos e, antes de entrar para a polícia, era paraquedista das Forças Armadas. Morador de Santa Cruz da Serra, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Bruno já havia sido lotado no 15º BPM (Caxias) e estava há pouco tempo no 13º BPM (Praça Tiradentes), o que explicaria o fato de ele ainda estar usando uma farda do batalhão de Caxias.
O comandante geral da PM, coronel Mário Sérgio, lamentou o ocorrido.
- Gostaria de dizer o quanto nós lamentamos a morte desse policial, o quanto não gostaríamos de estar aqui hoje para sepultar quando deveríamos estar comemorando o seu aniversário. imagino o quanto deve ter sido doloroso para os companheiros que estavam com ele ter visto ensanguentado no chão enquanto estava protegendo a população. É uma intensa emoção para mim agora - desabafou.
Investigação
O relações públicas da PM, tenente-coronel Lima Castro, afirmou que a Polícia Militar também irá apurar as circunstâncias em que o policial e o bandido morreram.
- O fato gera duas investigações paralelas: uma da Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios, e outra pela Polícia Militar. Temos que descobrir como eles foram feridos - explicou o coronel, acrescentando que a perícia deve levar em torno de um mês.
Para a Polícia Militar, a conduta de Bruno foi correta.
- Ele era um policia de confiança pessoal, trabalhava corretamente e sempre correspondeu. Ele nos ajudou muito - disse o comandante do batalhão da Praça Tiradentes, coronel Xavier.
Após o enterro, o coronel Mário Sérgio, se reuniu com todos os policiais presentes para uma conversa reservada.
AINDA SOBRE O ASSALTO NO CENTRO DO RIO
A vida humana não tem preço, mas vivemos dias nos quais somos quase sempre confrontados com o valor de cada vida. No meio do fogo cruzado em que se transformaram as grandes cidades brasileiras hoje, convivemos com uma tabela imaginária, na qual se apresentam os valores de cada vítima da violência. Uma pessoa inocente tem um valor inestimável, mas sua morte vai ou não nos comover dependendo da "distância" em que estivermos do corpo. Pode ser alguém de um bairro distante na periferia. Pode ser alguém da nossa vizinhança. Pode ser alguém que frequenta os mesmos lugares por onde passamos, trabalhamos, nos divertimos. Nossa comoção diante dessa morte vai depender justamente do nosso nível de envolvimento com alguma característica da vítima. São muitas vítimas. São tantas que aos poucos vamos criando um escudo invisível para nos blindar de emoções que consideramos dispensáveis para continuar na luta pela sobrevivência. De preferência sem parar para pensar na dor do outro.
Apesar de as estatísticas anunciarem redução crescente dos homicídios dolosos no Estado do Rio, o patamar ainda é altíssimo. Com todos os esforços da Secretaria de Segurança do estado, o número anual dos homicídios ainda está na casa dos quatro dígitos. São quase seis mil pessoas assassinadas por ano. Duas delas entraram ontem para essa estatística e suas mortes ocorreram numa mesma área nobre do centro financeiro do Rio, em plena Avenida Rio Branco. Não conseguiram cruzar o ano de 2011. Em comum elas têm o fato de estarem em lados opostos de uma guerra suja que parece não ter fim. A guerra contra o crime. Uma guerra em que não há vencedores, na qual todos temos sentido aumentar a profunda sensação de derrota.
De um lado estava o soldado Ferreira, Bruno de Castro Ferreira, do 13º BPM (Praça Tiradentes), que completaria hoje 30 anos de idade. Morreu com um tiro na cabeça disparado por um assaltante em fuga e usando um pedestre como escudo. Meus sinceros sentimentos à família do soldado Ferreira, morto no estrito cumprimento do dever, no dia 17 de novembro de 2010. Infelizmente o movimento de direitos humanos se esquece de protestar contra a morte de agentes do Estado. Mas eles também são seres humanos.
Há quem diga que um policial morto em serviço é consequência natural de sua atividade de alto risco. Não é. Um policial morto em serviço é um dos sinais da falência do sistema ou de uma engrenagem do sistema de segurança pública. Cada policial morto em serviço aumenta a sensação de insegurança de todos os cidadãos de bem, que dependem da polícia como a única instituição que esperamos deter e aplicar com precisão o uso da força, como exclusividade do Estado. Quanto a vale a vida de um policial no Estado do Rio? Só os policiais que ganham o pão honestamente têm condições de responder a essa pergunta. Mas certamente vale muito mais do que a vida de um criminoso que já não é mais capaz de entender o valor de sua própria vida.
Do outro lado estava o assaltante, ainda não identificado, que foi praticamente condenado à morte, depois de assassinar o policial. O duelo levou pânico a quem passava pelo local. O bandido morreu no Hospital Souza Aguiar para onde foi levado por PMs que conseguiram evitar que ele fosse linchado por populares revoltados com a morte do policial. Não se sabe como o bandido que fora algemado e não apresentava qualquer ferimento morreu baleado. A Divisão de Homicídios está com uma batata quente nas mãos. Vai investigar se houve execução do bandido. Tudo indica que sim. Os colegas do policial morto partiram pra cima do assassino como um enxame de abelhas selvagens. Um dos policiais chutou o bandido, já dominado, como revela o vídeo feito por um leitor do jornal "Extra". O ódio era tanto que os policiais sequer se preocuparam que estivessem sendo filmados ou fotografados.
Se fosse feita uma enquete junto às pessoas que assistiram às cenas de violência muito provavelmente a maioria delas daria o veredito para ser executado pelos próprios colegas do policial: pena de morte para o assaltante, que atacara duas vítimas - de quem roubara celulares, com um cúmplice - e ameaçara a vida de uma pessoa, colocando em risco todos os que passavam pelo local. A vida de um bandido como esse não vale absolutamente nada, conclui a maioria dos "jurados" desse "júri" virtual, com o qual nos vemos vez por outra, nos dilemas de um Estado em que a Justiça não é exatamente um modelo de virtudes.
Confesso que não lamento a morte de bandido em confronto. É mais honesto lutar pela aprovação da pena de morte, bandeira que morreu com o deputado Amaral Neto. A sociedade tem que resistir à tentação de seguir pelo caminho da barbárie, da Lei de Talião. Policiais e cidadãos de bem não podem se equiparar aos bárbaros. Não devemos alimentar um sistema de execuções extra-judiciais até porque a vítima, mais tarde, pode ser qualquer um de nós. Às vezes tenho a impressão de que policiais - que deveriam ser psicologicamente preparados para situações-limite - não conseguem agir com um mínimo de racionalidade do lado de baixo do Equador. Considere, por exemplo, a hipótese de que, após fazer o primeiro disparo, e já sem o pedestre como escudo, o assaltante fosse fuzilado. Poderia até ser uma ação discutível mas com certeza em legítima defesa da vida dos agentes e das outras pessoas que por ali passavam.
Entre a vida de um inocente, a de um policial trabalhador e a de um criminoso que põe a todos em risco é óbvio que nossa sede de vingança destituiria deste último o direito inalienável à vida. As pessoas cultivam cada vez mais o desejo de morte para os bandidos que por sua vez matam impiedosamente nas esquinas, nos sinais e nos becos escuros e distantes do nosso dia a dia. A onda de violência em Nova York produziu na década de 70 a sequência de filmes estrelados por Charles Bronson, em "Desejo de Matar". Felizmente, como se sabe, não foi por aí que veio a solução para a redução da criminalidade na Big Apple. E também não será no Rio. Não se pode corrigir um erro cometendo outro.
Essa matéria foi enviada por e-mail de um leitor, que está indgnado com os fatos no nosso Rio.
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Aristóteles, dizia:
“O homem é um ser naturalmente político. Todas as suas relações visam a um interesse.”
Gostaria muito de um dia poder dizer:
“O homem é um ser naturalmente político. Todas as suas relações visam o benefício do seu grupo, categoria ou classe.”
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